terça-feira, 9 de novembro de 2010

Governo Collor

Prometendo atender os anseios de um povo recém saído do Regime Militar (1964 – 1985), Fernando Collor de Mello tomou posse da cadeira de Presidente da República em 1990. Sendo um político de articulação restrita, Collor montou um ministério recheado de figuras desconhecidas ou sem nenhum respaldo para encabeçar os desafios a serem resolvidos pelo novo governo.

Logo depois de sua posse, Collor criou um plano de recuperação da economia arquitetado pela ministra Zélia Cardoso de Mello. O Plano Collor previa uma série de medidas que injetariam recursos na economia com a alta de impostos, a abertura dos mercados nacionais e a criação de uma nova moeda (Cruzeiro). Entre outras medidas, o Plano Collor também exigiu o confisco das poupanças, com valores superiores a 50 mil cruzeiros, durante um prazo de dezoito meses.

A recepção negativa do Plano Collor pelos setores médios e pequenos investidores seria apenas o prenúncio de uma série de polêmicas que afundariam o governo. Além de não alcançar as metas previstas no plano econômico, Collor ainda se envolveria em um enorme escândalo de corrupção. Conhecido como Esquema PC, as práticas corruptas do governo Collor foram denunciadas pelo próprio irmão do presidente, Pedro Collor, e publicadas nos mesmos órgãos da imprensa que tinham dado apoio à sua candidatura.

Com uma crise econômica somada a uma crise política, Collor foi alvo de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que conseguiu provar as irregularidades a ele atribuídas. Sem nenhuma base de apoio, Collor ainda foi pressionado por uma imensa campanha estudantil que exigia o fim de seu mandato. Com seus rostos pintados de verde, amarelo e preto estudantes de diferentes cidades do país se mobilizaram no movimento conhecido como “Caras Pintadas”.

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