terça-feira, 26 de outubro de 2010

Emprego dos verbos do indicativo

MODO INDICATIVO


É o modo verbal que expressa um fato real, seja ele afirmativo ou negativo.



Exemplos:



Perguntei ao professor sobre a resolução do problema.



Não almoçaremos naquele restaurante da esquina.



Eles participarão do próximo evento cultural.



EMPREGO DOS TEMPOS DO INDICATIVO


PRESENTE DO INDICATIVO


É usado:



- para enunciar um fato momentâneo.



Exemplos:



Vejo belos quadros naquela exposição.



Choro quando penso em você.



- para expressar um fato que ocorre com freqüência.



Exemplos:



Caminho todos os dias na praça.



Eles jogam futebol todos os finais de semana.



- na indicação de ações ou estados permanentes, verdades universais.



A Lua é o satélite da Terra.



O Brasil possui um imenso litoral.



- com valor de outros tempos.



Futuro do presente do indicativo.



Exemplo:



Ele viaja para Berlim na próxima semana.



Amanhã faz um ano que nos casamos.



Futuro do subjuntivo



Se você se exercita, obterá ótimos resultados nos exames.



PRETÉRITO IMPERFEITO


É empregado:



- para expressar um fato passado, não concluído.



Exemplo:



A testemunha reconhecia o réu, mas não pode denunciá-lo.



- para indicar um fato habitual.



Exemplos:



Ele estudava de duas a quatro horas por dia.



Nós escrevíamos apenas o necessário.



- com valor de outros tempos:



presente do indicativo (atenuação de pedidos)



Exemplos:



Eu queria um livro de receitas.



Eu desejava saber se esse carro está à venda.



PRETÉRITO PERFEITO


É usado na indicação de um fato passado concluído.



Exemplos:



Ele jogou uma ótima partida.



Acordei cedo e fui ao mercado.



Renata comeu todo o bolo de chocolate.



PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO


Expressa um fato passado anterior a outro acontecimento passado.



Exemplos:



Ele finalmente comprou o carro, o mesmo que desejara durante tempos.



- usado em orações optativas (que expressem desejo)



Exemplo:



Pudera eu conseguir atingir minhas metas.



FUTURO DO PRESENTE


É usado:



- na indicação de um fato realizado num instante posterior ao que se fala.



Exemplos:



Os programadores desenvolverão softwares cada vez mais poderosos.



Os computadores realizarão cálculos complexos e avançados mais rápidos que os atuais.



- na indicação de um fato atual incerto.



Exemplos:



Terá os computadores capacidade para se defender dos vírus?



Os antivírus poderão atenuar os danos causados pelos vírus nos computadores?



- com valor imperativo.



Exemplos:



Estudarás para o vestibular com afinco.



Os convidados sentarão na primeira fila.



FUTURO DO PRETÉRITO


É usado:



- para expressar um acontecimento posterior a um outro acontecimento passado.



Exemplos:



Eugênio passaria no vestibular logo na sua primeira tentativa.



Ela cantaria todas às noites naquela boate.



- para expressar um acontecimento futuro que depende de outro.



Você ganharia a corrida se o carro não quebrasse.



Nós compraríamos o livro se fôssemos à feira cultural.



- para expressar um acontecimento duvidoso.



Exemplos:



Você casaria novamente sabendo como é difícil o relacionamento a dois?



Roberto compraria esse celular se soubesse os defeitos apresentados após a garantia?



MODO SUBJUNTIVO


O modo subjuntivo expressa fatos hipotéticos, incertos.



Exemplos:

Quando ele estudar, passará no concurso.



Se ele comprasse o carro poderia viajar.



É usado freqüentemente em orações subordinadas e frases optativas.



Exemplos:



É necessário que você fale a verdade na delegacia.



Que Deus o abençoe!



EMPREGO DOS TEMPOS DO SUBJUNTIVO


PRESENTE


É usado:



- para expressar dúvida, hipótese.



Exemplos:



É possível que ele se encontre com Rosário.



Talvez eu seja absolvido das acusações.



É provável que ele cante hoje à noite.



- em orações subordinadas (quando o verbo da oração principal se apresenta no presente do indicativo ou imperativo)



Exemplos:



Esperamos que vocês desenvolvam o programa de qualidade.



É necessário que ele apresente as provas.



PRETÉRITO IMPERFEITO


Geralmente é usado:



- em orações subordinadas substantivas e adjetivas.



Exemplos:



O rio que cortava a cidade era a atração turística.



A população esperava que a prefeitura instalasse o posto de saúde.



- em orações subordinadas adverbiais.



Exemplos:



Embora houvesse carne estocada, ninguém conseguia encontrá-la à venda.



Se pudéssemos entrar na sala, estudaríamos melhor.



Ganharíamos o prêmio se cantássemos melhor.



SÍNTESE DO TUTORIAL


MODO INDICATIVO


É o modo verbal que expressa um fato real, seja ele afirmativo ou negativo.



PRESENTE DO INDICATIVO


É usado:

- para enunciar um fato momentâneo.

- para expressar um fato que ocorre com freqüência.

- na indicação de ações ou estados permanentes, verdades universais.

- com valor de outros tempos.



PRETÉRITO IMPERFEITO


É usado:

- para expressar um fato passado, não concluído.

- para indicar um fato habitual.

- com valor de outros tempos:



PRETÉRITO PERFEITO


É usado na indicação de um fato passado concluído.



PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO


Expressa um fato passado anterior a outro acontecimento passado.



FUTURO DO PRESENTE


É usado:

- na indicação de um fato realizado num instante posterior ao que se fala.

- na indicação de um fato atual incerto.

- com valor imperativo.



FUTURO DO PRETÉRITO


É usado:

- para expressar um acontecimento posterior a um outro acontecimento passado.

- para expressar um acontecimento futuro que depende de outro.

- para expressar um acontecimento duvidoso.



MODO SUBJUNTIVO


O modo subjuntivo expressa fatos hipotéticos, incertos.



PRESENTE


É usado:

- para expressar dúvida, hipótese.

- em orações subordinadas (quando o verbo da oração principal se apresenta no presente do indicativo ou imperativo)



PRETÉRITO IMPERFEITO


Geralmente é usado:

- em orações subordinadas substantivas e adjetivas.

- em orações subordinadas adverbiais.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

História Diretas Já !

Diretas Já foi um dos movimentos de maior participação popular, da história do Brasil. Teve início em 1983, no governo de João Batista Figueiredo e propunha eleições diretas para o cargo de Presidente da República. A campanha ganhou o apoio dos partidos PMDB e PDS, e em pouco tempo, a simpatia da população, que foi às ruas para pedir a volta das eleições diretas.

Sob o Regime Militar desde 1964, a última eleição direta para presidente fora em 1960. A Ditadura já estava com seus dias contados. Inflação alta, dívida externa exorbitante, desemprego, expunham a crise do sistema. Os militares, ainda no poder, pregavam uma transição democrática lenta, ao passo que perdiam o apoio da sociedade, que insatisfeita, queria o fim do regime o mais rápido possível.

Em 1984, haveria eleição para a presidência, mas seria realizada de modo indireto, através do Colégio Eleitoral. Para que tal eleição transcorresse pelo voto popular, ou seja, de forma direta, era necessária a aprovação da emenda constitucional proposta pelo deputado Dante de Oliveira (PMDB – Mato Grosso).

A cor amarela era o símbolo da campanha. Depois de duas décadas intimidada pela repressão, o movimento das Diretas Já ressuscitou a esperança e a coragem da população. Além de poder eleger um representante, a eleição direta sinalizava mudanças também econômicas e sociais. Lideranças estudantis, como a UNE (União Nacional dos Estudantes), sindicatos, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), intelectuais, artistas e religiosos reforçaram o coro pelas Diretas Já.

Foram realizadas várias manifestações públicas. Mas dois comícios marcaram a campanha, dias antes de ser votada a emenda Dante de Oliveira. Um no Rio de Janeiro, no dia 10 de abril de 1984 e outro no dia 16 de abril, em São Paulo. Aos gritos de Diretas Já! mais de um milhão de pessoas lotou a praça da Sé, na capital paulista.

Uma figura de destaque deste movimento foi Ulysses Guimarães (PMDB), apelidado de “o Senhor diretas”. Outros nomes emblemáticos da campanha foram o atual presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, a cantora Fafá de Belém e o apresentador Osmar Santos.

No dia 25 de abril de 1984, o Congresso Nacional se reuniu para votar a emenda que tornaria possível a eleição direta ainda naquele ano. A população não pode acompanhar a votação dentro do plenário. Os militares temendo manifestações reforçaram a segurança ao redor do Congresso Nacional. Tanques, metralhadoras e muitos homens sinalizavam que aquela proposta não era bem-vinda.

Para que a emenda fosse aprovada, eram necessários 2/3 dos votos. A expectativa era grande. Foram 298 votos a favor e 65 contra e 3 abstenções (outros 112 deputados não compareceram). Para ser aprovada, a proposta precisava de 320 votos.

Com o fim do sonho, restava ainda a eleição indireta, quando dois civis disputariam o cargo. Paulo Maluf (PDS) e Tancredo Neves (PMDB) foram os indicados. Com o apoio das mesmas lideranças das Diretas Já, Tancredo Neves venceu a disputa.