MODO INDICATIVO
É o modo verbal que expressa um fato real, seja ele afirmativo ou negativo.
Exemplos:
Perguntei ao professor sobre a resolução do problema.
Não almoçaremos naquele restaurante da esquina.
Eles participarão do próximo evento cultural.
EMPREGO DOS TEMPOS DO INDICATIVO
PRESENTE DO INDICATIVO
É usado:
- para enunciar um fato momentâneo.
Exemplos:
Vejo belos quadros naquela exposição.
Choro quando penso em você.
- para expressar um fato que ocorre com freqüência.
Exemplos:
Caminho todos os dias na praça.
Eles jogam futebol todos os finais de semana.
- na indicação de ações ou estados permanentes, verdades universais.
A Lua é o satélite da Terra.
O Brasil possui um imenso litoral.
- com valor de outros tempos.
Futuro do presente do indicativo.
Exemplo:
Ele viaja para Berlim na próxima semana.
Amanhã faz um ano que nos casamos.
Futuro do subjuntivo
Se você se exercita, obterá ótimos resultados nos exames.
PRETÉRITO IMPERFEITO
É empregado:
- para expressar um fato passado, não concluído.
Exemplo:
A testemunha reconhecia o réu, mas não pode denunciá-lo.
- para indicar um fato habitual.
Exemplos:
Ele estudava de duas a quatro horas por dia.
Nós escrevíamos apenas o necessário.
- com valor de outros tempos:
presente do indicativo (atenuação de pedidos)
Exemplos:
Eu queria um livro de receitas.
Eu desejava saber se esse carro está à venda.
PRETÉRITO PERFEITO
É usado na indicação de um fato passado concluído.
Exemplos:
Ele jogou uma ótima partida.
Acordei cedo e fui ao mercado.
Renata comeu todo o bolo de chocolate.
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO
Expressa um fato passado anterior a outro acontecimento passado.
Exemplos:
Ele finalmente comprou o carro, o mesmo que desejara durante tempos.
- usado em orações optativas (que expressem desejo)
Exemplo:
Pudera eu conseguir atingir minhas metas.
FUTURO DO PRESENTE
É usado:
- na indicação de um fato realizado num instante posterior ao que se fala.
Exemplos:
Os programadores desenvolverão softwares cada vez mais poderosos.
Os computadores realizarão cálculos complexos e avançados mais rápidos que os atuais.
- na indicação de um fato atual incerto.
Exemplos:
Terá os computadores capacidade para se defender dos vírus?
Os antivírus poderão atenuar os danos causados pelos vírus nos computadores?
- com valor imperativo.
Exemplos:
Estudarás para o vestibular com afinco.
Os convidados sentarão na primeira fila.
FUTURO DO PRETÉRITO
É usado:
- para expressar um acontecimento posterior a um outro acontecimento passado.
Exemplos:
Eugênio passaria no vestibular logo na sua primeira tentativa.
Ela cantaria todas às noites naquela boate.
- para expressar um acontecimento futuro que depende de outro.
Você ganharia a corrida se o carro não quebrasse.
Nós compraríamos o livro se fôssemos à feira cultural.
- para expressar um acontecimento duvidoso.
Exemplos:
Você casaria novamente sabendo como é difícil o relacionamento a dois?
Roberto compraria esse celular se soubesse os defeitos apresentados após a garantia?
MODO SUBJUNTIVO
O modo subjuntivo expressa fatos hipotéticos, incertos.
Exemplos:
Quando ele estudar, passará no concurso.
Se ele comprasse o carro poderia viajar.
É usado freqüentemente em orações subordinadas e frases optativas.
Exemplos:
É necessário que você fale a verdade na delegacia.
Que Deus o abençoe!
EMPREGO DOS TEMPOS DO SUBJUNTIVO
PRESENTE
É usado:
- para expressar dúvida, hipótese.
Exemplos:
É possível que ele se encontre com Rosário.
Talvez eu seja absolvido das acusações.
É provável que ele cante hoje à noite.
- em orações subordinadas (quando o verbo da oração principal se apresenta no presente do indicativo ou imperativo)
Exemplos:
Esperamos que vocês desenvolvam o programa de qualidade.
É necessário que ele apresente as provas.
PRETÉRITO IMPERFEITO
Geralmente é usado:
- em orações subordinadas substantivas e adjetivas.
Exemplos:
O rio que cortava a cidade era a atração turística.
A população esperava que a prefeitura instalasse o posto de saúde.
- em orações subordinadas adverbiais.
Exemplos:
Embora houvesse carne estocada, ninguém conseguia encontrá-la à venda.
Se pudéssemos entrar na sala, estudaríamos melhor.
Ganharíamos o prêmio se cantássemos melhor.
SÍNTESE DO TUTORIAL
MODO INDICATIVO
É o modo verbal que expressa um fato real, seja ele afirmativo ou negativo.
PRESENTE DO INDICATIVO
É usado:
- para enunciar um fato momentâneo.
- para expressar um fato que ocorre com freqüência.
- na indicação de ações ou estados permanentes, verdades universais.
- com valor de outros tempos.
PRETÉRITO IMPERFEITO
É usado:
- para expressar um fato passado, não concluído.
- para indicar um fato habitual.
- com valor de outros tempos:
PRETÉRITO PERFEITO
É usado na indicação de um fato passado concluído.
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO
Expressa um fato passado anterior a outro acontecimento passado.
FUTURO DO PRESENTE
É usado:
- na indicação de um fato realizado num instante posterior ao que se fala.
- na indicação de um fato atual incerto.
- com valor imperativo.
FUTURO DO PRETÉRITO
É usado:
- para expressar um acontecimento posterior a um outro acontecimento passado.
- para expressar um acontecimento futuro que depende de outro.
- para expressar um acontecimento duvidoso.
MODO SUBJUNTIVO
O modo subjuntivo expressa fatos hipotéticos, incertos.
PRESENTE
É usado:
- para expressar dúvida, hipótese.
- em orações subordinadas (quando o verbo da oração principal se apresenta no presente do indicativo ou imperativo)
PRETÉRITO IMPERFEITO
Geralmente é usado:
- em orações subordinadas substantivas e adjetivas.
- em orações subordinadas adverbiais.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
terça-feira, 5 de outubro de 2010
História Diretas Já !
Diretas Já foi um dos movimentos de maior participação popular, da história do Brasil. Teve início em 1983, no governo de João Batista Figueiredo e propunha eleições diretas para o cargo de Presidente da República. A campanha ganhou o apoio dos partidos PMDB e PDS, e em pouco tempo, a simpatia da população, que foi às ruas para pedir a volta das eleições diretas.
Sob o Regime Militar desde 1964, a última eleição direta para presidente fora em 1960. A Ditadura já estava com seus dias contados. Inflação alta, dívida externa exorbitante, desemprego, expunham a crise do sistema. Os militares, ainda no poder, pregavam uma transição democrática lenta, ao passo que perdiam o apoio da sociedade, que insatisfeita, queria o fim do regime o mais rápido possível.
Em 1984, haveria eleição para a presidência, mas seria realizada de modo indireto, através do Colégio Eleitoral. Para que tal eleição transcorresse pelo voto popular, ou seja, de forma direta, era necessária a aprovação da emenda constitucional proposta pelo deputado Dante de Oliveira (PMDB – Mato Grosso).
A cor amarela era o símbolo da campanha. Depois de duas décadas intimidada pela repressão, o movimento das Diretas Já ressuscitou a esperança e a coragem da população. Além de poder eleger um representante, a eleição direta sinalizava mudanças também econômicas e sociais. Lideranças estudantis, como a UNE (União Nacional dos Estudantes), sindicatos, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), intelectuais, artistas e religiosos reforçaram o coro pelas Diretas Já.
Foram realizadas várias manifestações públicas. Mas dois comícios marcaram a campanha, dias antes de ser votada a emenda Dante de Oliveira. Um no Rio de Janeiro, no dia 10 de abril de 1984 e outro no dia 16 de abril, em São Paulo. Aos gritos de Diretas Já! mais de um milhão de pessoas lotou a praça da Sé, na capital paulista.
Uma figura de destaque deste movimento foi Ulysses Guimarães (PMDB), apelidado de “o Senhor diretas”. Outros nomes emblemáticos da campanha foram o atual presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, a cantora Fafá de Belém e o apresentador Osmar Santos.
No dia 25 de abril de 1984, o Congresso Nacional se reuniu para votar a emenda que tornaria possível a eleição direta ainda naquele ano. A população não pode acompanhar a votação dentro do plenário. Os militares temendo manifestações reforçaram a segurança ao redor do Congresso Nacional. Tanques, metralhadoras e muitos homens sinalizavam que aquela proposta não era bem-vinda.
Para que a emenda fosse aprovada, eram necessários 2/3 dos votos. A expectativa era grande. Foram 298 votos a favor e 65 contra e 3 abstenções (outros 112 deputados não compareceram). Para ser aprovada, a proposta precisava de 320 votos.
Com o fim do sonho, restava ainda a eleição indireta, quando dois civis disputariam o cargo. Paulo Maluf (PDS) e Tancredo Neves (PMDB) foram os indicados. Com o apoio das mesmas lideranças das Diretas Já, Tancredo Neves venceu a disputa.
Sob o Regime Militar desde 1964, a última eleição direta para presidente fora em 1960. A Ditadura já estava com seus dias contados. Inflação alta, dívida externa exorbitante, desemprego, expunham a crise do sistema. Os militares, ainda no poder, pregavam uma transição democrática lenta, ao passo que perdiam o apoio da sociedade, que insatisfeita, queria o fim do regime o mais rápido possível.
Em 1984, haveria eleição para a presidência, mas seria realizada de modo indireto, através do Colégio Eleitoral. Para que tal eleição transcorresse pelo voto popular, ou seja, de forma direta, era necessária a aprovação da emenda constitucional proposta pelo deputado Dante de Oliveira (PMDB – Mato Grosso).
A cor amarela era o símbolo da campanha. Depois de duas décadas intimidada pela repressão, o movimento das Diretas Já ressuscitou a esperança e a coragem da população. Além de poder eleger um representante, a eleição direta sinalizava mudanças também econômicas e sociais. Lideranças estudantis, como a UNE (União Nacional dos Estudantes), sindicatos, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), intelectuais, artistas e religiosos reforçaram o coro pelas Diretas Já.
Foram realizadas várias manifestações públicas. Mas dois comícios marcaram a campanha, dias antes de ser votada a emenda Dante de Oliveira. Um no Rio de Janeiro, no dia 10 de abril de 1984 e outro no dia 16 de abril, em São Paulo. Aos gritos de Diretas Já! mais de um milhão de pessoas lotou a praça da Sé, na capital paulista.
Uma figura de destaque deste movimento foi Ulysses Guimarães (PMDB), apelidado de “o Senhor diretas”. Outros nomes emblemáticos da campanha foram o atual presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, a cantora Fafá de Belém e o apresentador Osmar Santos.
No dia 25 de abril de 1984, o Congresso Nacional se reuniu para votar a emenda que tornaria possível a eleição direta ainda naquele ano. A população não pode acompanhar a votação dentro do plenário. Os militares temendo manifestações reforçaram a segurança ao redor do Congresso Nacional. Tanques, metralhadoras e muitos homens sinalizavam que aquela proposta não era bem-vinda.
Para que a emenda fosse aprovada, eram necessários 2/3 dos votos. A expectativa era grande. Foram 298 votos a favor e 65 contra e 3 abstenções (outros 112 deputados não compareceram). Para ser aprovada, a proposta precisava de 320 votos.
Com o fim do sonho, restava ainda a eleição indireta, quando dois civis disputariam o cargo. Paulo Maluf (PDS) e Tancredo Neves (PMDB) foram os indicados. Com o apoio das mesmas lideranças das Diretas Já, Tancredo Neves venceu a disputa.
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