terça-feira, 22 de junho de 2010

Era Vargas

A era vargas :

A Era Vargas é o nome que se dá ao período em que Getúlio Vargas governou o Brasil por 15 anos ininterruptos (de 1930 a 1945). Essa época foi um divisor de águas na história brasileira, por causa das inúmeras alterações que Vargas fez no país, tanto sociais quanto econômicas.

A Era do populismo :

Getúlio Vargas suicidou-se há meio século, mas o populismo, numa versão piorada, continua vivo entre nós.

Não nos deixemos confundir pelas palavras. Muitos observadores políticos utilizam o termo populismo como sinônimo de demagogia, outros utilizam-no pensando no conceito weberiano de liderança carismática e há ainda aqueles que quando falam em populismo estão pensando na tradução consagrada, porém problemática, para o termo narodnichestvo, que é a denominação do movimento camponês e de classe média pela restauração da comuna agrária que existiu na Rússia czarista. Nós estamos utilizando a palavra populismo para designar outro conceito.

O conceito de populismo que utilizamos designa um fenômeno político e ideológico, presente com maior força na periferia do sistema capitalista, que se caracteriza pela expectativa de setores populares menos organizados por uma ação salvadora do Estado capitalista. Os trabalhadores sob o impacto do populismo tendem a permanecerem desorganizados ou, quando se organizam, restringem-se à organização e à luta meramente reivindicativa, deixando, em qualquer dos casos, a iniciativa política nas mãos do Estado. Esse organismo é visto por esses trabalhadores, graças às suas instituições formalmente universalistas, como uma força neutra e acima da luta de classes que pode, por iniciativa livre e soberana, acudir os trabalhadores. Lênin, analisando o comportamento político da pequena burguesia, cunhou a expressão “fetiche do Estado” para um fenômeno homólogo. Nós diríamos, seguindo essa indicação, que o populismo é um fetiche do Estado protetor.

No período recente, tem surgido um novo tipo de crítica, conceitual e política, ao conceito de populismo. Esse conceito não ocultaria a luta dos trabalhadores? Não acabaria referendando o discurso ideológico varguista que apresentava Getúlio como o pai dos pobres? Ou, ainda, esse conceito não seria euro-centrista, desempenhando a função de ocultar a própria organização operária no Brasil?

Na discussão dessas questões, cabe uma referência crítica ao trabalho recente de alguns historiadores de São Paulo e do Rio de Janeiro ([1]). Alguns historiadores e ativistas preocupados em resgatar a memória da luta operária entenderam que precisavam abandonar o conceito de populismo. Na verdade, para utilizar tal conceito precisam apenas abandonar a perspectiva “basista” e reconhecer que há uma diferença qualitativa entre luta reivindicativa e luta pelo poder político. Como o utilizamos, o conceito de populismo não é incompatível com a valorização da luta (reivindicativa) dos operários e dos trabalhadores em geral. Há, na verdade, uma complexa dialética entre a pressão reivindicativa na base e a resposta política dos governos populistas que, por manterem a iniciativa política graças à desorganização política das massas, podem devolver o resultado da pressão popular (difusa) como se fosse fruto de uma iniciativa livre e soberana do Estado e dos governos, realimentando o mito do Estado protetor. Mas, essa dialética entre reivindicação e iniciativa política não permite, ao contrário do que sugerem os historiadores que procuram recuperar positivamente a memória do varguismo, que se coloque um sinal de igualdade entre reformismo populista e reformismo social-democrata. O velho PTB ou o atual PDT, isto é, o denominado trabalhismo não é a versão brasileira da social-democracia. Ele está muito aquém desse reformismo de tipo operário. A diferença de organização entre um e outro movimento aparece naquilo que mais importa: o resultado que cada um obtém. Basta lembrar, para indicar a que estamos nos referindo, que o Brasil nunca chegou a um Estado de bem-estar social. O populismo, dada a dependência especificamente política a que condena as grandes massas, produziu apenas um arremedo do Estado de bem-estar.



Economia Vargas :

Apesar da Segunda Guerra Mundial e das crises políticas no ambiente interno, a economia brasileira cresceu durante o governo de Getúlio Vargas. A Revolução de 1930,gerou modificações nas estruturas econômicas do país.

Após 1930, houve grande pressão por parte dos militares para que houvesse um processo de industrialização no Brasil. Os militares acreditavam que a industrialização traria condições de reaparelhamento para as forças armadas, e garantiria a manutenção da Segurança Nacional.

Após a Crise de 1929, o capital antes empregado na agricultura, passou a ser investido na indústria, o que expandiu a indústria brasileira em até 50 % de 1929 a 1937. Na década de 40, as dificuldades para importar bens de consumo, em virtude da Segunda Guerra, favoreceu o alto ritmo de produtividade nacional.

No governo de Getúlio Vargas foram instaladas a usina siderúrgica, fábricas de aviões, usina hidrelétrica de Paulo Afonso, a Companhia Vale do Rio Doce, e a expansão de rodovias e ferrovias.

Foi criada a Companhia Siderúrgica Nacional, a CSN, financiada pelo Export-Import Bank, dos EUA, e com ivestimentos do governo brasileiro. Além da instalação da usina de Volta Redonda Redonda, localizada no estado do Rio de Janeiro, situada entre o pólos produtores de carvão e minerais de Minas Gerais e Santa Catarina, e próxima do eixo Rio-São Paulo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário