terça-feira, 27 de abril de 2010

Asia


Relevo:

O Continente asiático apresenta um relevo com característica diferente daquilo que se poderia observar pelo movimento de arrasto. Se admitirmos que este continente esteja se deslocando ou que tenha realizado este movimento com sentido ao extremo norte magnético, basendo-se nas interpretações da geologia contemporânea, era de se esperar que ao Norte da Ásia estivessem desenvolvidas cadeias montanhosas para justificar o agrupamento de regiões.

Esta situação não existe, da mesma maneira como também não ocorre com a Groenlândia e com a Austrália.

Apesar de seu movimento estar condicionado a um deslocamento muito menor pois a sua posição em relação à antiga geografia não é tão distante da atual, o movimento em direção ao extremo norte existiu e possibilitou os contornos geográficos existentes, alterando do que existia no passado quando da antiga orientação magnética para a atual.

Montanhas se formam a partir do acúmulo significativo do magma sob uma placa continental. Quando ele está em grande quantidade, acaba proporcionando a elevação de uma região dando origem a uma montanha.

O agrupamento do magma no continente asiático pode ser observado pelas cadeias montanhosas existentes neste continente.

Os efeitos produzidos pela imersão do imenso bloco do qual se constiruía a ilha de Atlântida, conferiu em diversas partes do globo o acúmulo do magma.

Clima:

O continente Asiático apresenta notáveis contraste climáticos. Suas terras, cortadas ao norte pelo circulo polar ártico e ao sul pelo equador, possuem, por influencia da variação da latitude, desde clima quentes e extremos até o mais rigoroso clima frio. O relevo é outro fator climático de destaque, pois as montanhas e planaltos fazem baixar as médias térmicas e explica o aparecimento de neves eternas até baixas latitude. Os ventos têm importância sobre a repartição da chuva, principalmente no sul e sudeste, onde sopram as monções. Esquematicamente podem se distinguir, na Ásia, seis tipo de clima:

Clima equatorial. Compreende estreita faixa nas proximidades do equador, onde as temperaturas tem média anual de 25 a 26ºC. As chuvas repartem-se de modo regular, não existindo estação de seca. A umidade relativa em torno de 80%.

Clima de monções. É típico na zona, pluviométrico, que divide estações seca e chuvosa, de duração variável segundo a continentalidade das regiões. As estações são bem distinta: na época das chuvas cai quase o total de precipitações e durante a seca as chuvas faltam por completo. Outras característica deste tipo de clima é a passagem das estações. Onde a existência das duas estações prende-se ao mecanismo das monções. Devido ao deslocamento das áreas ciclonal e anticiclonal, os ventos se dirigem, no inverno, do interior montanhoso para os oceanos, e no verão dos oceanos para o continente.

Clima temperados. Pertence a este grupo os climas da China, Japão, Coréia, Manchúria, Sibéria centro- meridional e certas áreas da Ásia central. Por influência principalmente das latitudes e altitudes, possui o continente todos os tipos de clima temperado: oceânicos e continentais, frio e subtropicais, monçônico e desértico. Nessa regiões as médias térmicas raramente sobem a mais de 20ºC e as estações são bem definidas.

Clima desértico. As regiões desse clima começa no mar Vermelho, e vai a Mongólia. Os desertos mais ocidentais, que as situa próximo trópico de Câncer e possui menores altitudes, são arenoso e quente todo o ano. Os demais situados a maiores altitudes e latitudes médias são pedregosos, registrando-se, no inverno, a queda de neves, enquanto no verão são escaldantes.

Clima ártico. São característico no inverno rigoroso e logo com media anual de 0ºC. como em Verkhoyyansk, onde o terremoto pode descer a –70C. os verões são de pouca duração e são pouco quentes, não chegando a desgelar completamente o solo.

Clima mediterrâneo. São típicos da Ásia ocidental, com verões secos e quente e invernos suaves. As chuvas caem regularmente nas estações frias.

Vegetação:

Floresta tropical – Desenvolve-se nas baixas latitudes, em regiões quentes e úmidas. Possui folhas perenes e largas (latifoliadas), que absorvem mais energia solar. A cobertura vegetal é densa e contínua, com espécies que chegam a atingir até 60 m de altura. Com solos geralmente pobres, retiram seus nutrientes do húmus, formado da decomposição de galhos, troncos e folhas. Esse tipo de vegetação existe na maior parte da América do Sul, na América Central, no centro e no sul da África, em Madagáscar e no sul e sudeste da Ásia. A Floresta Amazônica e a Mata Atlântica, no Brasil, são exemplos de floresta tropical.

Savana – Distribui-se pela faixa intertropical do planeta, também em baixas latitudes. As áreas mais úmidas, como a savana brasileira (chamada de cerrado), são formadas por plantas rasteiras e pequenas árvores, enquanto nas regiões mais secas predomina a vegetação espinhosa. A África tem mais de um terço do seu território coberto por savanas, que ocorrem também no norte da América Central, no nordeste e no centro-oeste da América do Sul, no sul da Ásia e no norte da Austrália.

Floresta temperada – Encontra-se nas latitudes médias, sobretudo no hemisfério norte. Possui espécies decíduas, ou seja, que perdem suas folhas durante o inverno para suportar a baixa temperatura e a sequidão. É uma floresta com árvores espaçadas e solo recoberto por gramíneas e contém bem menos espécies que as matas tropicais. As principais árvores são os carvalhos, os bordos e as faias. As florestas temperadas ocorrem no leste dos EUA, no centro da Europa, nas ilhas do Reino Unido, no nordeste da China, nas duas Coréias, no sul do Japão, no sudeste da África do Sul, no sul do Chile, na Nova Zelândia e no sudeste da Austrália.

Estepe – Vegetação típica de áreas de clima temperado continental, constituída, basicamente, de gramíneas. Recebe nomes diferentes nas regiões onde aparece: no sul da África, no leste da Europa, no centro da Ásia e no leste da Austrália chama-se estepe; no centro dos EUA e do Canadá, pradaria; na Argentina, pampa; e no Brasil, campo.

Floresta de coníferas – Ocupa áreas de alta latitude, onde prevalece o clima continental frio e polar, com temperatura baixa, inverno longo e rigoroso e verão curto. Entre as poucas espécies adaptadas a essas condições estão o pinheiro e o abeto. As árvores têm folhas em forma de agulha (aciculifoliadas) para não acumular neve. As maiores florestas de coníferas estão no Canadá e na Federação Russa, mas também há na Suécia, na Noruega e na Finlândia.

Tundra – Vegetação formada por musgos, líquens, bétulas e espécies herbáceas, que aparecem nos solos das regiões frias nos poucos meses de degelo. Predomina no extremo norte do hemisfério norte, em partes do Canadá, do Alasca (EUA), da Federação Russa, da Groenlândia e da Noruega.

Vegetação mediterrânea e de montanha – Na costa do mar Mediterrâneo e em pequenas regiões no oeste das Américas do Norte e do Sul, de clima semelhante, a vegetação típica é o maqui, formado por árvores pequenas (como oliveiras e sobreiros), moitas e arbustos (como murtas e urzes). Nos planaltos mais elevados – como a cordilheira dos Andes, na América do Sul, as Montanhas Rochosas, na América do Norte, e a cordilheira do Himalaia, na Ásia Central – a vegetação é escassa. Sobrevivem ervas e arbustos resistentes à hostilidade do clima.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Retratos do Brasil Republicano


A ideia republicana consolidou-se no Brasil a partir do questionamento do custo absurdo e do despreparo do Império brasileiro frente a guerras internas e a confrontos como a Guerra do Paraguai (1865 - 1870), além da constatação inevitável de que o conservador império brasileiro mostrava-se incapaz de promover o progresso material a partir dos recursos naturais do país e de solucionar devidamente questões sociais, como a escravidão, almejados por parte da elite brasileira. O republicanismo surgiu assim como movimento político e social tendo como base ideológica o positivismo, doutrina francesa que chegou ao Brasil nessa época.

terça-feira, 13 de abril de 2010

O Nascimento da Republica


A República brasileira Nascimento :


Antecedentes

De certa forma a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889 foi a nossa Revolução Francesa que tardou cem anos a chegar.

Foi com a República que implantou-se o Federalismo, o sistema Presidencialista, a independência dos Poderes, bem como a separação do Estada da Igreja. Terminou-se com a hierarquia baseada no nascimento e na tradição de família substituindo-a pela forma republicana e democrática baseada no talento pessoal e no mérito.

Ela foi obra de militares e de um escasso grupo de civis do Partido Republicano, fundado em 1873.


Os militares a crise do Império


O Império havia sempre dado preferência pela Marinha de Guerra, arma aristocrática. Foi a longa e dolorosa Guerra do Paraguai, travada entre 1865 e 1870, que terminou por projetar o exército Brasileiro como força política. ao ter que armas e adestrar milhares de soldados e oficiais o Império terminou inclinando o peso da balança do poder para os soldados. Também foi fator marcante da atitude cada vez mais republicana por parte da oficialidade o seu contato com os militares da Argentina e do Uruguai durante a guerra paraguaia. Até 1889 o brasil era o único Império existente na América inteira. Todas as demais nações vizinhas eram Republicanas. É claro que a guerra serviu para atiçar o ardor nacionalista das tropas o que levou a oficialidade a hostilizar cada vez mais o Conde D'Eu, de origem francesa, o marido da Princesa Isabel e provável sucessor de fato do velho Imperador D. Pedro II. Tamanho passou a ser o receio de que o exército desse um golpe depois de sua vitória contra o Paraguai que as autoridades imperiais resolveram cancelar a marcha da vitória que seria realizada pelas tropas vindas da guerra recém finda.

Vários militares converteram-se não apenas ao republicanismo como também ao abolicionismo. Entre eles destacou-se o coronel Sena Madureira que publicamente parabenizou os jangadeiros cearenses quando aqueles negaram-se a transportar escravos em suas embarcações apressando a abolição da escravatura no Ceará. Sena Madureira foi repreendido pelo Ministro Civil que o puniu. Foi que bastou para que vários oficiais se tornassem solidários com Sena Madureira, entre outros o Marechal Deodoro da Fonseca.

Os militares e a abolição


Entremente o movimento abolicionista estimulava tanto no Rio de Janeiro como em São Paulo as fugas em massa dos escravos. As matas do vale do Parnaíba estavam repletas de fugitivos. Seu número chegou a tal expressão que as autoridades imperiais cogitaram de utilizar-se do Exército para recapturá-los. Foi então que o Marechal Deodoro da Fonseca enviou-lhes um telegrama negando-se a transformar seus soldados e oficiais em "capitães do mato". A um Exército que recém vinha de uma guerra vitoriosa repugnava ser lançado em indignas operações policiais. Desta forma eles se colocavam objetivamente a favor da abolição o que ocorreu logo em seguida.

Os republicanos


Os dois maiores partidos brasileiros eram monarquistas: o Partido Liberal e o Partido Conservador. Desde o governo de conciliação de 1853 eles se alternavam no poder sem grandes litígios. Na prática o Brasil era um país com governo extremamente centralizado apesar da aparência parlamentarista. Inspirados então pela proclamação da 3ª República francesa, políticos paulistas resolveram primeiro lançar um Manifesto Republicano em 1870 e depois formalizaram a fundação de um partido três anos depois, em 1873.

Quando a República foi proclamada pelos militares em 15 de novembro, os civis republicanos eram uma escassa minoria espalhada pelo país. Na verdade eram ilhas minúsculas cercadas pelos partidários da monarquia por todos os lados. Mas os esforçados e coesos republicanos exploraram bem os constantes atritos que o exército passou a ter com os governos imperiais.

Dado a sua pouca representatividade eles perceberam que dificilmente a monarquia seria destituída sem o socorro das armas do Exército. Assim a imprensa republicana passou a vigiar cada manifestação dos oficiais bem como colocou suas páginas para que eles dessem vazão a sua insatisfação. Aqui no Rio Grande do sul o jornal republicano "A Federação" dirigido por Júlio de Castilhos não media esforços para abrir mais e mais as brechas abertas entre os oficiais e o Imperador. Inclusive foi num sítio de propriedade de Júlio de Castilhos onde, vários meses antes da proclamação republicana, adotou-se a tática de estimular os militares ao golpe.


A república dos coronéis:

Durante a presidência do paulista Campos Sales, entre 1898-1902, introduziu-se a chamada "verificação dos poderes". O Sistema eleitoral brasileiro tornava-se um rígido código de compromissos onde o "curral eleitoral", fonte teórica de legitimidade, votava no candidato do coronel local, este por sua vez comprometia-se a dar apoio ao governador, uma espécie de supercoronel. O governador, ou presidente do Estado, como era então denominado, por sua vez, apoiava o Presidente da República, que se tornava assim uma espécie de patriarca do sistema coronelístico. Era praticamente impossível a oposição vencer eleições. Assim o princípio republicano da rotatividade das elites políticas estava impedido de realizar-se, por toda a parte os mesmos grupos políticos controlavam todas as instâncias do Poder.